à volta
Ribatejo
Rio Tejo
Entre a Estremadura e o Alentejo, a meia hora de Lisboa, situa-se a nordeste o Ribatejo.
O Ribatejo, terra do vinho, do melão e do cavalo. E, também de castelos, mosteiros e igrejas que falam de história, de cidades e vilas que foram passos reais. Aqui se encontra o rio Tejo, que dá origem ao nome desta província (Riba-Tejo, o que significa margem do Tejo).
O Tejo, um dos mais importantes rios da península, nasce em Espanha na Serra de Albarracim. Em Portugal entra nas designadas Portas de Rodão, e percorre o Ribatejo entrando pelo concelho de Mação, seguindo o seu percurso até desaguar no oceano Atlântico ao largo de Lisboa.
O Ribatejo, terra do vinho, do melão e do cavalo. E, também de castelos, mosteiros e igrejas que falam de história, de cidades e vilas que foram passos reais. Aqui se encontra o rio Tejo, que dá origem ao nome desta província (Riba-Tejo, o que significa margem do Tejo).
O Tejo, um dos mais importantes rios da península, nasce em Espanha na Serra de Albarracim. Em Portugal entra nas designadas Portas de Rodão, e percorre o Ribatejo entrando pelo concelho de Mação, seguindo o seu percurso até desaguar no oceano Atlântico ao largo de Lisboa.
gastronomia
Sopa da Pedra
Saborear um prato tradicional e bem confeccionado é sempre um momento de prazer, então quando os olhos se perdem pelos tons amarelados das lezírias ribatejanas nas tardes de Outonais, a sensação é indescritível.
No Ribatejo, o festim começa com as entradas. A Chouriça Assada na Brasa, os Maranhos à Moda da Sertã, as Morcelas, de Arroz ou de Sangue, e as Silercas com Ovos.
Muito embora a variedade de sopas seja grande, sugere-se a mítica Sopa de Pedra, a provar em Almeirim.A gastronomia do Ribatejo apresenta particularidades distintas das restantes regiões. A sua singularidade é encontrada nos segredos culinários que passam de mães para filhas, tornando-a assim exclusiva das planícies ribatejanas.
O típico Cozido de Carnes Bravas, a saborosa Galinha Corada, o distinto Plangaio com Couves Galegas e Batatas, a apetecível Carne de Porco à Feira dos Santos e os inconfundíveis Miolos à Moda do Cartaxo, são apenas alguns dos pratos de carne que só se encontram por estas “paragens”.
Mas igualmente saborosas, o cabrito... é o Cabrito à Moda da Serra, o Cabrito Assado no Forno ou o Cabrito Estonado à Moda de Oleiros.
Para os apreciadores de peixe, a ementa retrata a riqueza das águas do Tejo. A Açorda de Sável, a Fataça na Telha e as Enguias Fritas.
Para acompanhar estes pratos, o vinho do Ribatejo que já conquistou o mercado pelas suas características derivadas de castas seleccionadas em regiões demarcadas ou protegidas, é um património a descobrir à beira da estrada onde os pequenos produtores se dão a conhecer pelos garrafões pendurados e bem visíveis ou nas Adegas e Quintas vinículas, como a da Marquesa de Alorna, em Almeirim, ou Cas do Cadval, em Muge.Nos doces, destacam-se os barretes de Salvaterra de Magos, as queijadinhas da Azambuja, os campinos de Coruche ou os Arrepiados de Almoster e os Celestes de Santa Clara, confeccionados pelas mãos das freiras residentes nos conventos.
No Ribatejo, o festim começa com as entradas. A Chouriça Assada na Brasa, os Maranhos à Moda da Sertã, as Morcelas, de Arroz ou de Sangue, e as Silercas com Ovos.
Muito embora a variedade de sopas seja grande, sugere-se a mítica Sopa de Pedra, a provar em Almeirim.A gastronomia do Ribatejo apresenta particularidades distintas das restantes regiões. A sua singularidade é encontrada nos segredos culinários que passam de mães para filhas, tornando-a assim exclusiva das planícies ribatejanas.
O típico Cozido de Carnes Bravas, a saborosa Galinha Corada, o distinto Plangaio com Couves Galegas e Batatas, a apetecível Carne de Porco à Feira dos Santos e os inconfundíveis Miolos à Moda do Cartaxo, são apenas alguns dos pratos de carne que só se encontram por estas “paragens”.
Mas igualmente saborosas, o cabrito... é o Cabrito à Moda da Serra, o Cabrito Assado no Forno ou o Cabrito Estonado à Moda de Oleiros.
Para os apreciadores de peixe, a ementa retrata a riqueza das águas do Tejo. A Açorda de Sável, a Fataça na Telha e as Enguias Fritas.
Para acompanhar estes pratos, o vinho do Ribatejo que já conquistou o mercado pelas suas características derivadas de castas seleccionadas em regiões demarcadas ou protegidas, é um património a descobrir à beira da estrada onde os pequenos produtores se dão a conhecer pelos garrafões pendurados e bem visíveis ou nas Adegas e Quintas vinículas, como a da Marquesa de Alorna, em Almeirim, ou Cas do Cadval, em Muge.Nos doces, destacam-se os barretes de Salvaterra de Magos, as queijadinhas da Azambuja, os campinos de Coruche ou os Arrepiados de Almoster e os Celestes de Santa Clara, confeccionados pelas mãos das freiras residentes nos conventos.
feiras
Festa dos Tabuleiros, Tomar
Santarém - Feira Nacional da Agricultura - Feira do Ribatejo (A iniciar na primeira 6ª feira de Junho e prolongando-se por dez dias): é o maior cartaz turístico do país, sendo considerada, no campo agrícola, uma das mais importantes da Europa. Conhecida pelos seus riquíssimos valores etnográficos, patentes no Festival Internacional de Folclore, largada de touros, corrida de campinos, condução de jogos de cabrestos, touradas, provas hípicas, raid hípico, etc.
Festival Nacional de Gastronomia (duração de dez a doze dias, com terminus a 1 de Novembro). É a maior manifestação de cultura popular portuguesa, nas suas três componentes: gastronomia, artesanato e etnografia.
Tomar - Festa dos Tabuleiros - É a manifestação maior e mais colorida de um culto que marcou profundamente a Idade Média portuguesa - O Espiritussantismo. A Procissão dos Tabuleiros desfila pelas ruas de Tomar, numa manifestação de rara beleza e alto significado. Sem periodicidade anual.
Golegã - Feira Nacional do Cavalo, Feira de S. Martinho - Decorre na 1ª quinzena de Novembro, e envolve sempre o dia 11 que é o seu ponto máximo. Considerada uma das feiras mais tipicamente ribatejanas. O cavalo é o ponto fulcral, podendo-se apreciar belos exemplares. Desfile de cavalos de raça, exposições de artesanato. Não falta a castanha assada a acompanhar a famosa água-pé
Vila Chã de Ourique - Feira Medieval, recriação da Batalha de Ourique, dias 22 a24 de Julho
Cartaxo - Feira dos Santos (Novembro): Feira de origem medieval, conserva ainda muitas das suas remotas tradições. Primeira transacção do vinho novo do ano, comércio variado, diversões populares.
- Festa dos Fazendeiros (Domingo de Pascoela) - Pontével: Festa popular, cortejo de viaturas rurais, concursos de pecuária e casas decoradas com motivos rurais.
- Festa do Vinho (Abril/Maio): Certame concelhio de promoção da vinha e do vinho. Provas de vinho, gastronomia regional e animação variada.
Vale de Santarém - Festa do Caracol , dia 8 de Julho
- Festival de Folclore - Dia 30 de Julho
Festival Nacional de Gastronomia (duração de dez a doze dias, com terminus a 1 de Novembro). É a maior manifestação de cultura popular portuguesa, nas suas três componentes: gastronomia, artesanato e etnografia.
Tomar - Festa dos Tabuleiros - É a manifestação maior e mais colorida de um culto que marcou profundamente a Idade Média portuguesa - O Espiritussantismo. A Procissão dos Tabuleiros desfila pelas ruas de Tomar, numa manifestação de rara beleza e alto significado. Sem periodicidade anual.
Golegã - Feira Nacional do Cavalo, Feira de S. Martinho - Decorre na 1ª quinzena de Novembro, e envolve sempre o dia 11 que é o seu ponto máximo. Considerada uma das feiras mais tipicamente ribatejanas. O cavalo é o ponto fulcral, podendo-se apreciar belos exemplares. Desfile de cavalos de raça, exposições de artesanato. Não falta a castanha assada a acompanhar a famosa água-pé
Vila Chã de Ourique - Feira Medieval, recriação da Batalha de Ourique, dias 22 a24 de Julho
Cartaxo - Feira dos Santos (Novembro): Feira de origem medieval, conserva ainda muitas das suas remotas tradições. Primeira transacção do vinho novo do ano, comércio variado, diversões populares.
- Festa dos Fazendeiros (Domingo de Pascoela) - Pontével: Festa popular, cortejo de viaturas rurais, concursos de pecuária e casas decoradas com motivos rurais.
- Festa do Vinho (Abril/Maio): Certame concelhio de promoção da vinha e do vinho. Provas de vinho, gastronomia regional e animação variada.
Vale de Santarém - Festa do Caracol , dia 8 de Julho
- Festival de Folclore - Dia 30 de Julho
Santarém
A caminho do Largo de Marvila, Santarém
O distrito de Santarém está inserido no fértil Vale do Tejo, encontrando-se Santarém, a sua capital administrativa, a menos de 80 Km de Lisboa.
Santarém esteve sempre presente nos principais momentos da história de Portugal. Aqui nasceram príncipes, viveram reis, reuniram-se cortes do reino, decorreram batalhas, construíram-se torres e mosteiros, templos e palácios dos mais belos do país.
Apelidada de Capital do Gótico, o centro urbano desta cidade mágica e luminosa a que Almeida Garrett chamou de Livro de Pedra, em Viagens na Minha Terra (1846), mostra ao viajante, desde o primeiro instante, a beleza das ruas estreitas e sinuosas.
A cidade de Santarém possui igrejas cheias de interesse e o conhecido Jardim das Portas do Sol, jardins rodeados pelas muralhas medievais da cidade, com vistas magníficas sobre o rio e as vastas planícies. Neste jardim, antiga Alcáçova no período islâmico, ainda se preserva parte das muralhas defensivas da cidade, que teve grande importância na Idade Média, período em que adquiriu a maioria do seu rico património artístico e cultural.
Para saber mais
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Santarém esteve sempre presente nos principais momentos da história de Portugal. Aqui nasceram príncipes, viveram reis, reuniram-se cortes do reino, decorreram batalhas, construíram-se torres e mosteiros, templos e palácios dos mais belos do país.
Apelidada de Capital do Gótico, o centro urbano desta cidade mágica e luminosa a que Almeida Garrett chamou de Livro de Pedra, em Viagens na Minha Terra (1846), mostra ao viajante, desde o primeiro instante, a beleza das ruas estreitas e sinuosas.
A cidade de Santarém possui igrejas cheias de interesse e o conhecido Jardim das Portas do Sol, jardins rodeados pelas muralhas medievais da cidade, com vistas magníficas sobre o rio e as vastas planícies. Neste jardim, antiga Alcáçova no período islâmico, ainda se preserva parte das muralhas defensivas da cidade, que teve grande importância na Idade Média, período em que adquiriu a maioria do seu rico património artístico e cultural.
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Cartaxo
A existência da povoação do Cartaxo será sem dúvida bem remota. A proximidade de Santarém, cujas muralhas foram bem disputadas entre muçulmanos e cristãos, e as devastadoras incursões sobre as populações vizinhas atingiram decerto o Cartaxo.Uma via romana, que partia de Olispo (Lisboa) e passava por Ierabriga (Alenquer), seguindo para Scallabis (Santarém), atravessava o território do concelho ou certamente, muito próximo. Outras civilizações mais antigas se fixaram na região como provam os Castros de Vila Nova de São Pedro, Vale do Tejo, nas regiões de Muge, os concheiros de Muge tiveram utilização entre 7500 e 500 a.C.. A importância histórica do concelho, deve-se ainda a outros factos, nomeadamente, a Batalha de Ourique que está provavelmente ligada a Vila Chã de Ourique (1139), a concessão de forais a Pontével pelo rei D. Sancho I (1194), e ao Cartaxo por D. Dinis (1312) e ainda a existência de Paços Reais em Valada (1361-1365). É um dos centro de produção vinícola mais característico do Vale do Tejo.
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Valada
Praia Fluvial, Valada
Uma das mais antigas freguesias do concelho do Cartaxo, remonta ao período romano o aproveitamento dos solos férteis desta região. A Valada tem como principal riqueza a agricultura, nos seus campos cultivam-se tomate, girassol, milho, trigo, melão e vinha. Desde tempos remotos até há poucos anos, também a pesca de sável teve um peso importante na economia dos habitantes desta freguesia.O ex-líbris da freguesia é o Rio Tejo, com o seu espaço envolvente de grande beleza, a sua praia fluvial, parque de merendas e parque de campismo. Como património, Valada orgulha-se da sua igreja datada do ano de 1211, no reinado de Dom Afonso II. Em Porto de Muge existe a Ponte Rainha Dona Amélia, notável obra de engenharia, inaugurada a 14 de Janeiro de 1904 pelo rei Dom Carlos I.
Valada oferece vastas extensões de campo com uma vista de verde admirável, tal como a praia fluvial e o parque de merendas que proporcionam bons momentos de lazer.
Valada oferece vastas extensões de campo com uma vista de verde admirável, tal como a praia fluvial e o parque de merendas que proporcionam bons momentos de lazer.
Aldeias Avieiras
A origem destes povoados singulares no rio Tejo, conhecidos por aldeias avieiras, terá sido nos finais do século XIX. Sabe-se que até aos anos 1960, vários pescadores de Vieira de Leiria e de Aveiro - que protagonizaram o último grande movimento migratório em Portugal - desceram até às margens dos rios Tejo e Sado, na tentativa de encontrar melhores condições de pesca e mais oportunidades. Os avieiros, rejeitados inicialmente pela população local que lhes chamava "ciganos do rio", viviam nos seus próprios barcos, até que, à medida que se iam integrando, começaram a construir pequenas habitações. As casas típicas dos avieiros eram construídas em madeira e palafita, um material que impede as construções de serem arrastadas pelas correntes do rio. As estacas que já usavam nas dunas junto ao mar e que impediam que a areia lhes entrasse em casa, eram agora a salvação contra as cheias do Tejo, que nessa época era um jardim de peixe. Estas casas têm todas o mesmo tipo de construção e a mesma organização interior: o primeiro andar tem a sala à entrada e dois quartos ao lado. A cozinha fica em baixo ou em frente, do outro lado da rua.
Esses trabalhadores (que Alves Redol imortalizou no romance Avieiros) foram-se fixando paulatinamente naquela região e deram origem a um tipo de assentamento urbano que ainda hoje é um caso pouco conhecido.
A atractividade pelas grandes cidades deixou para trás estas pequenas aldeias constituídas por edifícios suportados por estacas de dois metros, em madeira ou em troncos de madeiras, enterradas na água.
Caneiras, é uma dessas aldeias. Possui cerca de 200 habitantes divididos entre dois núcleos, um mais antigo, situado junto ao rio Tejo, e um mais recente, criado quando os avieiros começaram a virar-se para a agricultura e até para Lisboa.
Palhota outra das últimas aldeias de pescadores artesanais. Um aglomerado de casinhas de madeira erguidas sobre estacas, à maneira das palafitas primitivas, que desta forma se defendiam das cheias cíclicas do maior rio português. Nesta aldeia chegou a viver Alves Redol, um grande escritor português que muito escreveu acerca do Tejo e das suas gentes. A aldeia está quase deserta. A Palhota é uma das 14 comunidades avieiras, existentes entre a Chamusca e Grândola, onde se fixaram populações piscatórias.
Imperdível é o espectáculo do pôr do Sol à beira-Tejo, com os barcos pintados de cores garridas encalhados no areal e as cegonhas, garças e outras aves a regressar em bandos aos respectivos abrigos.
Esses trabalhadores (que Alves Redol imortalizou no romance Avieiros) foram-se fixando paulatinamente naquela região e deram origem a um tipo de assentamento urbano que ainda hoje é um caso pouco conhecido.
A atractividade pelas grandes cidades deixou para trás estas pequenas aldeias constituídas por edifícios suportados por estacas de dois metros, em madeira ou em troncos de madeiras, enterradas na água.
Caneiras, é uma dessas aldeias. Possui cerca de 200 habitantes divididos entre dois núcleos, um mais antigo, situado junto ao rio Tejo, e um mais recente, criado quando os avieiros começaram a virar-se para a agricultura e até para Lisboa.
Palhota outra das últimas aldeias de pescadores artesanais. Um aglomerado de casinhas de madeira erguidas sobre estacas, à maneira das palafitas primitivas, que desta forma se defendiam das cheias cíclicas do maior rio português. Nesta aldeia chegou a viver Alves Redol, um grande escritor português que muito escreveu acerca do Tejo e das suas gentes. A aldeia está quase deserta. A Palhota é uma das 14 comunidades avieiras, existentes entre a Chamusca e Grândola, onde se fixaram populações piscatórias.
Imperdível é o espectáculo do pôr do Sol à beira-Tejo, com os barcos pintados de cores garridas encalhados no areal e as cegonhas, garças e outras aves a regressar em bandos aos respectivos abrigos.